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NOVA FALA DE LUÍS DE CAMÕES

( convoco, para a Musa minha, o Arcano e Arcaico do Sápido Sol )

in memoriam do Professor José Hermano Saraiva


Não mais, canção, não mais, d’Alma canção,
Que no meu triste nada eu desvario.
Que abandonada, ó Musa, a amada viu
«A desgraça, a tristeza, a solidão.»

Não mais, amada minha, que a razão
Não pode suportar do Fogo o frio;
Que em lágrimas, que asinha eu choro e rio:
Não mais sigas, ó Musa, o coração.

Ó ninfas, ó minh’Alma dolorosa
Com dolo e com paixão já estilhaçada…
Pátria minha, que um dia foste Rosa

Para noutro, com Dor, ser’s quase nada;
Vinde a mim, a mim verde Alma chorosa,
E sede, ó Pátria, sede a madrugada.

Nota bene: Propositadamente, o último verso da primeira quadra é da
Autoria de Fernando Pessoa.

Lisboa, 04/ 04/ 1996

MISERANDO ATQUE ELIGENDO


PAULO JORGE BRITO E ABREU