NARCISO
Atiram pedras aos outros
por verem espelhos em tudo
para não ser como eles
fecho os olhos fico mudo
Mas ainda assim e sempre
é sempre comigo que eu ando
amando-me continuamente
em tudo o que vou amando
Narciso afinal não foi
o que não o seja algum
e a eternidade o que é
senão a vida de cada um?
É impossível que o mundo
por mais que nos minta a voz
não seja antes de tudo
absolutamente nós
Cada um é como o outro
ofuscante torre de marfim
de si para si murmurando
não consigo viver sem mim
Lisboa, 27/ 01/ 1985
JOÃO BELO
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