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AVISO A TEMPO POR CAUSA DAS PALAVRAS

João Belo, nascido em 1959, é discípulo de Paulo Jorge Brito e Abreu. E usa também o pseudónimo de João Belo Brito e Abreu, «Campos, Dylan, Ono, João Belo Brito e Abreu». João Belo é um dos melhores Poetas Portugueses de sempre, com «Os Os Outra Vez», «Narciso», «Paraíso» e o atempado «Acróstico Fiel». O Parlamento Europeu, em 2001, elogiou dois poemas de João Belo, como sejam, «Os Os Outra Vez» e «Narciso».

JOÃO BELO, O MAGISTA E O MAGÍSTER

Ao falar de João Belo, eu sinto-me um pouco como o Eça de Queiroz, ao fazer a apologia de Antero de Quental. Quero eu aduzir: eu estava patente, e estava presente, à data, caroável, do «Acróstico Fiel» e de «Os Os Outra Vez». Ou melhor: foi Jove e juvenal, foi jovial, enfim, a nossa juventa. Poesia pra João Belo, nessa altura como agora, é uma nave, é uma nau, que parte à conquista das novas Descobertas. Parafraseando o Heidegger, João Belo, aqui, não é o dono do ente, ele é Pastor de palavras, é Pastor do próprio Ser. A luzir e a marchar, e a escrutar ou esquadrinhar. Aconteceu, com o meu nobre condiscípulo da Universidade Nova, o que apodava, o Hegel, de Manha, dessarte, ou Astúcia da Razão: pra que se firme e confirme o Espírito de um Povo, os seus Actores e promotores ( quero eu dizer, «verbi gratia», um João Belo, um Camões, e um feraz Sampaio Bruno ), são sacrificados, dessarte, eles são abandonados às suas paixões – mas o que importa a dor do Génio, se é ele que parte à Descoberta das Índias de amanhã ??? O falante, por isso, é aflante. O engenho, aqui, é germinal, é do que tem o ginete. E o ginásio primigénio, e as Saudades do futuro que é hoje a vida nossa. Ou não fosse, «Os Os Outra Vez», o exemplo mais feliz da escrita automática em Língua Portuguesa. Ou não fosse, por exemplo, o «Acróstico Fiel», uma Luz vigorosa, uma Luz ponderosa a espancar a escuridade. No apreço, cordial, da Ideia Platónica. Se movendo e comovendo, qual Somerset Maugham, no fio da navalha. Ou portando, o seu ledor, ao escol e à escola do Surrealismo. Não há negá-lo, por isso, ó cibernauta civil: o mais nobre e Belo filho de Cebolais de Cima é o aluno mais forte e fértil da Universidade Nova. Ou digamos, em vez disso, duma bela e singela universalidade. E se ela é flama, por isso, se ela é chama e chamada, «É impossível que o mundo / por mais que nos minta a voz / não seja, antes de tudo / absolutamente nós.»

Queluz, 04/ 03/ 2016

SIC ITUR AD ASTRA


PAULO JORGE BRITO E ABREU